sexta-feira, 31 de agosto de 2012

                                   Dia Mundial pelo FIM da Crueldade e Exploração dos Animais - WEEAC - SOROCABA, SP
                           Parque do Campolim - Sorocaba - SP
                         Sábado, 22 de Setembro de 2012     15:00h    
 
Este ano estaremos realizando o II Dia Mundial pelo FIM da Crueldade e Exploração Animal em diversas cidades brasileiras, no dia 22 de setembro.
Os eventos, de natureza abolicionista, estão sendo organizados também este ano pelo Cadeia para quem Maltrata os Animais, o representante da Weeac no Brasil.
Cada cidade contará com seus próprios organizadores regionais, em obediência aos princípios abolicionistas que regem os eventos da Weeac em todo o mundo.
Organização em Sorocaba: COMISSÃO DE JUSTIÇA E DIREITOS DOS ANIMAIS
Organização nacional: Norah André
Organização mundial: Dawn Groth

sexta-feira, 20 de julho de 2012


Hoje, 20/07/2012, foi feita uma Representação Pública para o Dr. Marum, Ministério Público, pedindo Investigação no Caso CCZ – Sorocaba. Assinaram a Representação as seguintes ONGs :

- Comissão de Justiça e Direito dos Animais

- ACESA

- Instituto CAHON

- Coesão Poética

- Adote Sorocaba
18/07/2012 |EUTANÁSIA

Polícia apura morte de 30 animais na Zoonoses

ONGs protetoras suspeitam que teria ocorrido eutanásia em animais sadios, mas Secretaria de Saúde nega
Guilherme Maganhato
guilherme.costa@jcruzeiro.com.br
Programa de estágio


Trinta animais (26 filhotes e 4 adultos), cães em sua maioria, foram encontrados mortos ontem na Unidade de Controle de Animais da Zoonoses, em Sorocaba. A suspeita é de que eles sofreram o processo de eutanásia, segundo denúncia, mesmo estando aparentemente saudáveis. O caso acabou gerando um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção aos Animais, que investigará a causa das mortes. A veterinária responsável pela Zoonoses e que deveria aprovar e realizar as eutanásias, doutora Daniela Mesquita, não foi ao canil para dar explicações.

A polícia recolheu cinco cães para autópsia (um foi encaminhado ao Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, três seguiram para três ONGs de proteção aos animais, para exame de veterinários e um ficou à disposição da polícia. A denúncia foi feita anonimamente por representantes de cinco ONGs de proteção animal da cidade.

"Estivemos aqui ontem (terça-feira) e percebemos que os filhotes estavam bem e até brincavam. Aparentemente eles só tinham verminose. Mesmo assim, eles estavam sendo separados dos outros animais e levados aos fundos do prédio. Hoje (quarta-feira) quando chegamos, os filhotes não estavam mais aqui e ninguém nos responde o que está acontecendo", explica Honno Marques, 49, que faz parte do Instituto Cahon e da Comissão de Justiça e Direito dos Animais de Sorocaba. Além do Instituto Cahon e da Comissão de Justiça e Direito dos Animais de Sorocaba, outras ONGs que formularam a denúncia e foram representadas na delegacia são a Associação Protetora de Animais de Sorocaba (Aspa), o Centro de Apoio a Protetores e Animais (Capa) e a Fundação Alexandra Schlumberger (FAS).

Os representantes das ONGs chegaram ao local por volta das 11h. Segundo eles, o portão que dá acesso ao canil foi trancado e isso nunca ocorreu antes. Foi aí então que o grupo fez a denúncia na Delegacia, para que pudesse ser autorizada a entrada ao prédio do canil. A Guarda Civil Municipal (GCM) também foi acionada, mas, segundo os ativistas, pelos funcionários da Zoonoses.

Mediante negociação da Secretaria de Saúde (SES), que administra a Zoonoses, com o investigador Márcio, a entrada de um dos ativistas foi liberada, acompanhado do investigador e de um funcionário da Zoonoses. Honno foi até o local e ficou horrorizado. "A situação está feia. São 26 filhotes e 4 adultos que estão aparentemente sadios e mesmo assim foram sacrificados. Isto é crime", ressaltou. A titular da delegacia de Proteção aos Animais, Cássia Almagro Mezzomo, acompanhou a perícia na Zoonoses. "Se os exames comprovarem que eles estavam saudáveis, o ato configurará crime, enquadrado no artigo 32 da lei 9.605", contou a delegada. A pena varia entre quatro meses e um ano e quatro meses de prisão.

Em nota a SES explicou que os animais foram avaliados pela médica veterinária responsável pela Zoonoses, e que apresentavam o quadro de cinomose, uma doença altamente contagiosa, que causa infecções e, por isso, foram submetidos ao procedimento. A nota ainda reforça que a Zoonoses cumpre integralmente todas as normas federais e estaduais que regulamentam a eutanásia.
(Supervisão: Admir Machado - Colaborou Adriane Mendes)

Neurocientistas de todo o mundo assinam manifesto reconhecendo consciência dos animais

http://vista-se.com.br/redesocial/neurocientistas-de-todo-o-mundo-assinam-manifesto-reconhecendo-consciencia-dos-animais/
July 19, 2012

Da Veja |Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade.
O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.
Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. “As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência”, diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:

Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito?
Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Quais animais têm consciência?
Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.
É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos?
Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.
Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência?
Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.
Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais? Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.
Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais?
É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.
As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento?
Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.
O que pode mudar com o impacto dessa descoberta?
Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.

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